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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Subsidio  Lição 7 

Tudo posso naquele que me fortalece 

Dc. Rodrigo Marchiori.

Assembléia de Deus de Gravatai-Rs.

Para entender esta expressão tem que respeitar texto contexto, pois texto fora do contexto é motivo pra pretextos heréticos. Precisamos ver qual era realmente a situação de Paulo quando disse: “Posso todas as coisa naquele que me fortalece” (Fp 4;13).
Paulo estava na Prisão (Fp 4;22): A vida na prisão não é uma vida de benefícios e conforto, esperado por uma pessoa que vive do seu trabalho digno e de liberdade. É uma vida de privações e para muitas pessoas um momento de desespero, angustia e desestímulo para com a própria vida. Paulo estava privado da companhia de amigos, de viajar para rever igrejas que fundou irmãos que fez em suas viagens missionárias, nem ensinar as revelações de Cristo. As prisões daquela época eram lugares subi humanos, cheios de animais peçonhentos, não tinha condições de higiene básicas, e é neste contexto que Paulo disse; “Posso todas as coisa naquele que me fortalece”.
Isso coloca por terra qualquer pretexto dos teólogos da prosperidade que dizem; “que eu posso ter tudo que eu quero, pois Deus me garante isso”.
 Vamos analisar o contexto onde esse versículo esta incluso.
10 Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade.
11 Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.
12 Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade.
13 Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
14 Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição.
15 E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente.
16 Porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônia.
17 Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta. 18 Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.
19 O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.(Fl 4;10-19).
A) Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade (v 10): destacaremos a Palavra “reviver” (gr: anadzaõ,voltar à vida,(literal ou figurado), viver novamente,reviver), termo aqui aplicado na agricultura para uma planta que cresce ou brota novamente,vendo nisso a bondade de Deus e descrevendo uma condição de prosperidade e abundância. A preocupação dos Filipenses com o apóstolo dos gentios não tinha mudado, mas sim estava precisando de uma oportunidade para realizar essa tarefa.
B) Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho (v 11): O significado literal da palavra contentar- me é auto-suficientes. Na filosofia estóica (ver nota1) esse termo grego descrevia uma pessoa que , de modo imparcial, aceitava toda e qualquer circunstância. Para os gregos, tal contentamento derivava da auto-suficiência. Mas para Paulo a verdadeira suficiência e encontrada na força de Cristo (v13). Necessidade(gr.hust­erema penúria, insuficiência, pobreza), aprendi(gr.manthanõ, compreender moralmente,aprender pela experiência, com idéia de fazer habitualmente, estar acostumado).
C) Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade (v 12): A expressão “estar abatido”(gr.tapeinoõ, humilhado, abatido), ser rebaixado de posto ou ser humilhado por circunstâncias frugais(sóbrios).Paulo também sabia o que significava ter abundância, viver na fartura, estar tão suprido a ponto de viver na abastança.  De acordo com esse versículo o apostolo sabia o que Jó havia aprendido séculos antes:
o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor (Jó 1;21b).O verbo grego “estou instruído”(gr.myeõ , termo técnico usado para iniciação nos mistérios gregos,permitir o conhecimento de um mistério. O que está oculto (é um mistério)para o homem natural está aberto no poder da fé em Cristo ) mostra que Paulo sabia lidar com as duas circunstâncias, estava intimamente familiarizado com as duas condições. “Em toda a maneira e em todas as coisas” significa que não ser vitimas delas e sim vitorioso sobre elas.
D) Posso todas as coisas naquele que me fortalece(v 13): Posso.O Significado básico é ter poder, especialmente ter força física que permite a pessoa realizar tarefas difíceis. Capacitação em Cristo em triunfar em todas circunstancia presentes. “Naquele” (gr.Christos, ungido, messias) fonte da força de Paulo era o ungido de Deus.
E) Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição(v 14):tomar parte (gr.synkoinõneõ, com partilhar com os outros, ser participante de,compartilhar coisas materais com alguém em necessidade, formado de duas palavras gregas; syn,preposição primária que indica união, intimidade,e a outra é koinõneõ, parceiro, associado, compartilhar recursos com outra pessoa), Paulo apesar da suficiência de Cristo de forma alguma depreciava a atitude dos irmãos de Filipos em ajudar o apóstolo, e das aflições que Paulo sofria  por estar encarcerado.
O ministério de Paulo em Filipos.
) E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente (v 15): dar(gr.dosis; algo que é dado, um presente, ato de doar) e receber (gr.lépsis, receber de alguém algo que lhe é dado). “Dar e receber”, Paulo considerava a relação dele com os irmãos de filipos uma via de mão dupla,com as duas partes ativamente envolvidas no sentido de partilhar dádivas espirituais quanto materiais, uma parceria de serviço. “No princípio do evangelho” aqui está falando da primeira vez que eles tinham ouvido falar das boas novas do evangelho.
G) Porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônia (v 16): assim como Paulo tinha necessidade e a igreja de Filipos supriu sua necessidade por duas vezes, estando ele em Tessalônia.
 H) Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta (v 17): Neste versículo Paulo tem em mente as dádivas materiais que a igreja de Filipos lhe enviou.  Ao referir-se ao “fruto que aumente a vossa conta”, Paulo usou uma terminologia comercial. As ofertas dos filipenses estavam rendendo lucros espirituais e, assim como o dinheiro depositado em uma conta bancaria rende juros como se Paulo estava dizendo “que a colheita das bênçãos está sendo depositada na conta de vocês”. Dádiva (gr.Doma, dar um presente, um dom), Paulo estava mais preocupado em desenvolver neles a capacidade de dar do que a própria dádiva.
Localização da Cidade de Filipos

I) Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus (v 18): Paulo ta dizendo aqui que da parte dele ele está suprido, não lhe falta mais nada, “recebido” (gr.apechõ, é uma expressão técnica usada na hora de emitir um recibo). O maior valor da oferta foi que elas significaram “cheiro de suavidade e sacrifício(gr.thysia, metaforicamente,um serviço, um louvor oferecido a Deus, uma oferta) agradável(gr.dektos, aprovado, propicio,aceitável)  e aprazível(gr.euarestos, agradável, aceitável que implica luta e esforço pra ser aceito) a Deus” ao doarem a Paulo os cristãos de filipos se ofereceram em sacrifício agradável a Deus. (Rm 12; 1-2).
J) O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus (v 19): No v 18, Paulo diz que está de cheio porque os filipenses lhe enviaram ofertas. Neste versículo, ele escreveu que Deus “suprirá todas” (gr.pleroõ, encher completamente, encher até a boca, encher abundantemente). A necessidade deles. Os filipenses, por sua vez estariam cheios por causa das dádivas que o Senhor lhe daria. “Segundo suas riquezas”, Deus cuidará dos crentes de filipos de maneira extraordinária, em uma escala magnífica.
Conclusão.
“Tudo posso porque Jesus me fortalece” esse era o sentimento de Paulo e deve ser o nosso porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!             (Rm 8 28-29)




O estoicismo (do grego: Στωικισμός) é uma escola de filosofia helenística fundada em Atenas por Zenão de Cítio, no início do século III a.C.. Os estóicos ensinavam que as emoções destrutivas resultavam de erros de julgamento, e que um sábio, ou pessoa com "perfeição moral e intelectual" não sofreria dessas emoções.[1]
Os estóicos preocupavam-se com a relação activa entre o determinismo cósmico e a liberdade humana, e com a crença de que é virtuoso manter uma vontade(denominada prohairesis) que esteja de acordo com a natureza. Por causa disso, os estóicos apresentaram a sua filosofia como um modo de vida, e pensavam que a melhor indicação da filosofia de uma pessoa não era o que teria dito mas como se teria comportado.{{harvRef|Sellars|2006|p=32</ref>
Estóicos mais tardios, como Séneca e Epicteto, enfatizaram que porque a "virtude é suficiente para a felicidade", um sábio era imune aos infortúnios. Esta crença é semelhante ao significado de calma estóica, apesar de essa expressão não incluir as visões "éticas radicais" estóicas de que apenas um sábio pode ser verdadeiramente considerado livre, e que todas as corrupções morais são todas igualmente viciosas.[1]
O estoicismo foi uma doutrina que sobreviveu todo o período da Grécia Antiga, até ao Império Romano, incluindo a época do imperado Marco Aurélio, até que todas as escolas filosóficas foram encerradas em 529 por ordem do imperador Justiniano I, que percepcionou as suas características pagãs, contrária à fé cristã[2][3]
A escola estóica preconizava a indiferença à dor de ânimo oposta aos males e agruras da vida, em que reunia seus discípulos sob pórticos ("stoa", em grego) situados em templos, mercados e ginásios. Foi bastante influenciada pelas doutrinas cínica e epicurista, além da influência de Sócrates.
Bibliografia:
- Bíblia de estudo Plenitude (ARA) SBB.
- Bíblia de estudo Palavra Chave Hebraico e Grego com Notas Strong (ARC).
- Bíblia de estudo Dake CPAD (ARC).
- Bíblia de estudo Ilumina Gold SBB.
- Comentário do NT com recursos adicionais. Editora Central Gospel páginas 536-537.
- Comentário NVI do AT e NT. Editora Vida paginas 2013-2014.
- Revista Ensinado Cristão. Ano 13 nº 49 pagina 39.

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